O Ministério da Defesa rebateu as falas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, sobre as Forças Armadas terem “recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia”. Através de nota oficial, o ministério declarou que “é irresponsável” e uma “ofensa grave” que o ministro do STF faça tais declarações sem prova.
“Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições”, informou a nota assinada pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. O titular da pasta também reforçou que as forças armadas foram convidadas a participar do processo de fiscalização das urnas eletrônica pelo próprio Supremo Tribunal Eleitoral (TSE).
Luís Roberto Barroso esteve em uma universidade na Alemanha para um seminário, onde falava sobre o processo eleitoral no Brasil. Durante sua fala, ele disse que vê as Forças Armadas recebendo orientação para atacar o sistema eleitoral.
“Um desfile de tanques é um episódio com intenção intimidatória. Ataques totalmente infundados e fraudulentos ao processo eleitoral. Desde 1996 não tem nenhum episódio de fraude. Eleições totalmente limpas, seguras. E agora se vai pretender usar as Forças Armadas para atacar. Gentilmente convidadas para participar do processo, estão sendo orientadas para atacar o processo e tentar desacreditá-lo” disse Barroso.
No ano passado, o presidente Bolsonaro, fez diversos ataques públicos e sem provas a segurança das urnas eletrônicas, pondo em cheque o processo eleitoral democrático no Brasil. Na época, TSE, que era presidido por Barroso, convidou representantes das três Forças para participarem do processo de fiscalização das urnas.
(*)Com informações da Agência Brasil de Notícias