A articulação política para a candidatura do vereador David Reis (Avante) à presidência da Câmara Municipal de Manaus (CMM) em 2025, apoiada pelo grupo do prefeito, revela uma dinâmica de poder que desconsidera o desempenho e a credibilidade perante os cidadãos manauaras.
Apesar de uma gestão anterior marcada por polêmicas e contestada pela própria opinião pública, Reis obteve apoio decisivo do prefeito, que teria garantido o compromisso diretamente ao presidente nacional do Avante, Luís Tibé.
O “martelo já foi batido”, conforme indicam fontes dos bastidores. A situação se consolidou ao ponto de outro aspirante à presidência, Elan Alencar (DC), ter desistido da disputa sem mais explicações, sugerindo que ele e outros aliados do prefeito já foram informados de que o nome preferido – e praticamente imposto – é o de Reis.
Essa decisão não apenas reforça a manutenção de Reis no poder, mas também provoca críticas à postura de alinhamento automático dos aliados do prefeito, mesmo quando há histórico de controvérsias. Com o campo da situação fechado em torno de Reis, a oposição ainda vive impasse quanto a um nome consensual.
Nos bastidores, lideranças como Thaysa Lippy (PRD), Diego Afonso (União Brasil), Yomara Lins (Podemos) e Capitão Carpê (PL) surgem como candidatos potenciais para enfrentar o bloco governista.
O quarteto já se mobiliza em conversas e articulações para tentar criar uma frente sólida antes de dezembro, prazo provável para a decisão final.
Para o eleitor manauara, a composição da CMM e seu futuro presidente devem refletir um compromisso real com a cidade, e não meramente promessas entre aliados em detrimento da competência e transparência.
