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Uruguai vence Gana com gols de Arrascaeta, mas seleções são eliminadas da Copa

Uruguai vence Gana com gols de Arrascaeta, mas seleções são eliminadas da Copa

Giorgian de Arrascaeta celebra após marcara o primeiro gol do Uruguai nesta Copa do Mundo. Foto: Ryan Pierse/Getty Images

Doze anos depois, o Uruguai voltou a frustrar as expectativas de Gana em uma Copa do Mundo. A diferença é que, desta vez, a Celeste Olímpica teve o mesmo destino dos rivais: a eliminação. Nesta sexta-feira (2), os sul-americanos venceram os Estrelas Negras por 2 a 0 no Estádio Al Janoub, em Al Wakrah. Ambos, porém, deram adeus ao Mundial do Catar.

Os uruguaios finalizaram o Grupo H com os mesmos quatro pontos da Coreia do Sul, que ficou à frente, na segunda posição, pelo número de gols marcados (quatro a dois). Em jogo simultâneo, no Estádio da Educação, em Doha, os asiáticos derrotaram Portugal – que atuou com um time quase todo reserva, por já estar classificado por antecipação – por 2 a 1. O gol do atacante Hwang Hee-Chan, aos 45 minutos do segundo tempo, que decretou a virada dos sul-coreanos, obrigou os sul-americanos a buscar o 3 a 0, que não ocorreu. Com três pontos, os ganeses terminaram a chave em último lugar.

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Tivesse acontecido, a classificação uruguaia teria participação decisiva de um jogador bastante conhecido do futebol brasileiro: Giorgian de Arrascaeta. Reserva nos dois primeiros jogos, tendo atuado por somente 28 minutos na derrota por 2 a 0 para Portugal, na rodada passada, o meia do Flamengo foi titular nesta sexta e marcou os dois gols da Celeste.

O duelo fez torcedores de ambos os países relembrarem a Copa de 2010, na África do Sul. Na ocasião, Gana e Uruguai empatavam por 1 a 1 o confronto válido pelas quartas de final. No último lance da partida, Luís Suárez salvou, com as mãos, uma cabeçada à queima-roupa de Dominic Adiyiah, na área. O uruguaio foi expulso. O também atacante Asamoah Gyan teve a oportunidade da vitória ganesa na cobrança da penalidade, mas acertou o travessão. Nos pênaltis, deu Celeste, por 4 a 2. Quis o destino que a batida desperdiçada fosse justamente a de Adiyiah, defendida pelo goleiro Fernando Muslera (que, assim como Suárez, fez parte da seleção sul-americana no Catar).O momento da defesa monumental de Rochet no pênalti de Gana!

O ex-meia Otto Addo, atual técnico ganês, integrava aquele elenco dos Estrelas Negras. Para o jogo desta sexta, o treinador repetiu o 4-3-3 da vitória por 3 a 2 sobre a Coreia do Sul, com apenas duas trocas. Titulares na derrota por 3 a 2 para Portugal, na primeira rodada, os laterais Alidu Seidu e Abdul-Rahman Baba retornaram nos lugares de Tariq Lamptey e Gideon Mensah (que deixou o jogo contra os sul-coreanos com dores no tornozelo).

No Uruguai, Diego Alonso recuou na formação com três zagueiros e também montou a equipe no 4-3-3, como na estreia, quando a Celeste empatou sem gols com a Coreia do Sul. Na frente, Suárez retomou a vaga que foi de Edinson Cavani contra Portugal, enquanto Arrascaeta e Facundo Pellistri deixaram o time mais ofensivo herdando os lugares do zagueiro Diego Godín e do volante Matías Vecino.

Os uruguaios iniciaram a partida em cima, mas demonstrando certa ansiedade no último passe. Após 15 minutos de pressão sul-americana, Gana encaixou um contra-ataque com Jordan Ayew, que recebeu na ponta esquerda, próximo à entrada da área, carregou até a meia-lua e bateu, para defesa de Sérgio Rochet. Na sobra, o também meia Mohammed Kudus dividiu com o goleiro e caiu na área. A penalidade foi marcada com intervenção do árbitro de vídeo (VAR), mas o atacante André Ayew, irmão de Jordan (ambos filhos de Abedi Pelé, maior nome do futebol ganês) fez o torcedor africano reviver o pesadelo de 2010, ao cobrar fraco, rasteiro, facilitando a defesa de Rochet.

Não demorou para os Estrelas Negras serem punidos. Aos 22, o atacante Darwin Núñez tabelou com Arrascaeta, chutou na saída do goleiro Lawrence Zigi e viu o zagueiro Mohammed Salisu salvar em cima da linha. Três minutos depois, não teve “quase”: Núñez cruzou pela esquerda, a defesa não tirou e a bola sobrou com Suárez na área. O atacante driblou Seidu e finalizou. Zigi defendeu, mas Arrascaeta, no rebote, cabeceou para as redes.

O camisa 10 uruguaio precisou de mais cinco minutos para aumentar a vantagem. Aos 30, Núñez recebeu de Pellistri na entrada da área e ajeitou de cabeça para Suárez. O artilheiro de uma de “garçom” e abriu na esquerda para o meia do Flamengo concluir de primeira.

Os gols mudaram a cara da partida, com o Uruguai passando a trabalhar a bola com mais paciência e Gana, tentando se recuperar do baque, precisando se lançar à frente. Na volta do intervalo, André e Jordan Ayew foram substituídos pelos atacantes Osman Bukari e Kamaldeen Sulemana. Aos 17 minutos, a dupla quase foi responsável pelo primeiro gol ganês. “Quase”, porque, após o cruzamento de Sulemana, pela esquerda, Rochet demorou a sair da meta e Bukari chegou tarde para completar na pequena área.

O Uruguai, por sua vez, tinha o contra-ataque à disposição para aproveitar os espaços deixados pela marcação de Gana. Aos 18, o meia Federico Valverde recebeu de Núñez encontrou Suárez na área, pela esquerda. O camisa 9 rolou para Pellistri finalizar rente à esquerda da meta, rente à trave. Cinco minutos depois, Valverde emendou uma bomba de primeira, quase da intermediária pela esquerda. A bola quicou no chão e foi no canto esquerdo de Zigi, que conseguiu espalmar.

À medida que o tempo passava, a missão de Gana ficava mais difícil. Os Estrelas Negras não desistiram. Aos 32 minutos, o atacante Antoine Semenyo recebeu próximo à pequna área, pela esquerda, mas finalizou mal, rasteiro, ao lado do gol uruguaio. Dois minutos depois, Kudus obrigou Rochet a uma bela defesa, mandando para escanteio uma bomba de Kudus, da meia-lua.

A informação da virada da Coreia do Sul sobre Portugal chegou aos 37 minutos e transformou a reta final da partida no Al Janoub em drama. Desesperados, os uruguaios intensificaram a pressão em busca do terceiro gol, mas pararam em ótimas defesas de Zigi. Aos 42, Cavani, de cabeça, em posição irregular, obrigou o goleiro a uma intervenção acrobática. Nos acréscimos, o arqueiro se esticou todo para salvar outro chutaço de fora da área de Valverde.

(*) Com informações da Agência Brasil

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