O deputado Comandante Dan (Podemos) aponta uma precariedade das infraestruturas aeroportuária, rodoviária e portuária no Amazonas. Ele considera que a vazante recorde e a estiagem fazem o estado de precariedade se tornar ainda mais evidente.
“A nossa infraestrutura aeroportuária é precaríssima e inadequada ao atendimento ao cidadão, especialmente nesse momento de emergência climática. Isso não é um privilégio do Amazonas, infelizmente permeando toda a Amazônia. Dados técnicos apontam que a Região possue 2 mil 800 pistas de pouso, mais que o dobro daquelas que estão legalmente registradas na Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC). Se não tem registro, é ilegal e não é fiscalizada e não serve ao cidadão, mas às facções criminosas e suas atividades ilegais”, declarou o parlamentar.
Dan Câmara lançou mão de um estudo da plataforma Mapbiomas para apontar que 1 mil 574 pistas, 56% das pistas de pouso na Amazônia, estão dentro de uma área protegida (804), em área indígena (320) e a menos de cinco quilômetros de um garimpo (450)
Para o deputado, as infraestruturas rodoviárias e portuárias também não estão conectadas ao novo normal da Amazônia, causando um isolamento da maior porção territorial brasileira. Segundo ele, não se trata de uma situação recente, mas as crises climática e ambiental agravam essa inadequação. Ele apontou que vários portos foram construídos e não servem adequadamente aos municípios, além de outros que desmoronaram durante a vazante de 2023.
“Precisamos de uma nova infraestrutura de transporte para toda a Amazônia. O Amazonas sozinho tem 1,5 milhão de quilômetros quadrados e representa 18% do território brasileiro. Essas dimensões continentais e a importância ambiental precisam ser levadas em consideração como prioridades. Pretendo ir a Brasília para interagir com as autoridades do executivo e do legislativo federal”, finalizou.